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Liberdade x Fanatismo

Updated: Mar 26, 2019



"O Espírito do Senhor é também o Espírito de Liberdade." (Alma 61:15)

Nosso presidente Gordon B. Hinckley nos lembrou que "O Evangelho não é uma filosofia de repressão, como alguns o consideram. É um Plano de Liberdade que nos dá disciplina aos apetites e direção ao comportamento."

Alguns pensam em liberdade como se isso fosse ser totalmente livre de qualquer compromisso, principalmente religião, seja ela qual for. Alguns ainda dizem que a religião une ou separa os povos ou é o ópio do povo. Outros apelam ainda que a religião é a causa das guerras.

Entre entender o verdadeiro sentido do Evangelho de Cristo e o fanatismo e intolerância com que alguns o abraçam, e também o criticismo mas nenhum reconhecimento por alguns que, mesmo, foram vítimas do fanatismo de outros, fica a pergunta se estamos totalmente em sintonia com os Ensinamentos de Cristo a ponto de reconhecer Seu Evangelho como a única fonte verdadeira de Liberdade e ao mesmo tempo, respeitar quem pensa diferente, ou entender e ficar em paz quando os que pensam diferente agem como intolerantes.

Muitos ainda relacionam a Igreja e o Evangelho como vindo do exemplo que estudamos nos livros de historia sobre a Inquisição e intolerância generalizada no seculo XII, baseando-se somente nos relatos parcos que temos, em como racismo e discriminação do julgar-se superior ao outro, ao invés de interiorizarmos o amor genuíno que Cristo nos ensinou, e abracar a doutrina pura de Cristo.

Presidente M. Russell Ballard ensinou:

"Nestes últimos dias, devemos seguir o conselho de Jesus a Seus discípulos quando eles perguntaram sobre os sinais de Sua vinda: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane”. Quero enfatizar quatro conselhos que recebemos dos líderes da Igreja sobre evitar o engano: 1. Mantenham pura a doutrina de Cristo. Nunca sejam enganados por aqueles que deturpam a doutrina do evangelho do Pai e do Filho, que foirestaurada por meio de Joseph Smith, o Profeta, nesta última dispensação. 2. Não deem ouvidos àqueles que não foram ordenados e/ou designados para seu chamado e não foram apoiados pelo voto de consentimento dos membros da Igreja. 3. Cuidado com organizações, grupos ou indivíduos que alegam ter respostas secretas para perguntas doutrinárias que eles dizem que os apóstolos e profetas de hoje não têm ou não entendem. 4. Não deem ouvidos àqueles que os iludem com esquemas de lucro fácil. Nossos membros já perderam muito dinheiro, portanto, tenham cuidado. Precisamos ter cuidado com o caminho que estamos tomando. Precisamos ser vigilantes e dar ouvidos aos conselhos do Senhor e dos líderes da Igreja. Permaneçam no caminho do evangelho tendo “fé a cada passo” para que consigam retornar em segurança à presença do Pai Celestial e do Senhor Jesus Cristo."

Quanto tempo é necessário viver os ensinamentos de Cristo para realmente mudarmos nossas tradições?

O que precisamos ter ou acontecer em nossa vida para que possamos enterrar nossas armas e entender realmente o que Cristo ensinou?

Será que liberdade é repudiar a sociedade em que vivemos porque andamos amarrados a leis, regras e regulamentos que sufocam esta liberdade?

Será que liberdade só existe quando o indivíduo consegue livrar-se das restrições que a civilização nos impõe?

Será que somos todos escravos da sociedade de consumo ou da matrix que nos manipula?

Há pessoas que, na sua ânsia de experimentar uma liberdade genuína, lançam a si mesmas numa louca procura de toda a espécie de prazer fazendo somente o que bem entendem, porque, dizem, só assim é que se sentem realizadas ou totalmente "livres".

Mas a resposta não está somente no prazer, como muitos já felizmente descobriram, e constatamos que estes ainda continuam insatisfeitos. Pior ainda é o que acontece quando alguém fica escravizado pelas próprias coisas que ele pensava que iriam lhe trazer liberdade. Eis o caso de milhares de pessoas que, na sua revolta contra a sociedade, pensam encontrar na droga, consumo, no sexo e no prazer a sua "libertação", só para descobrirem, no entanto, frustração e um vazio maior que a propria alma. Confundem liberdade com libertinagem, escolhem confusamente e acabam por descobrir, afinal, que essa "liberdade" não passa de um sonho.

Muitas pessoas gabam-se da sua liberdade. Gostam de dizer que estão livres para fazer o que lhes apetece. Vão para onde querem, e para onde não querem não vão. Não querem estar amarradas a nada, nem a cônjuge, família, filhos, trabalho, etc. e afirmam que nem Deus pode amarrá-las.

A realidade é que, por mais que se fale em liberdade, os homens não são livres. Cristo afirmou isto quando, uma vez, ofereceu a liberdade aos homens do seu tempo. Ele disse: “Conhecerão a verdade e ela os fará homens livres”; isto porque somente e verdade liberta." (João 8:32)

A verdade a qual Cristo se referiu é esta: somos escravos de vícios, preconceitos e pecados, ou mesmo somente filosofia dos homens, e precisamos de um Salvador que é nosso Libertador.

Neste sentido, liberdade é: ser perdoado do passado; ser livre do sentido da culpa; ter o poder para escolher e fazer coisas certas; ter autodomínio; ter a capacidade de perdoar e amar os outros; não ser escravizado por nada mas ser humilde e reconhecer que precisamos de nosso Salvador, e assim teremos a paz que somente o Pai pode nos proporcionar.

Cristo disse:

“Se o Filho de Deus vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36)