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O Único Caminho Perfeito

Updated: Mar 26, 2019



Encontrei essa história de autor desconhecido outro dia: "Uma senhora foi ao bispo e disse: "Não irei mais à igreja". Ele disse: "Posso perguntar por quê?" Ela disse: "Vejo pessoas em seus telefones celulares, enviando mensagens de texto e digitando durante o serviço, algumas estão tagarelando, fofocando ou inventando mentiras, algumas simplesmente não estão vivendo corretamente, algumas estão dormindo, algumas estão me encarando, são apenas hipócritas". O bispo ficou em silêncio. Então ele disse: "Posso pedir que você faça algo por mim antes de tomar sua decisão final?" Ela disse: "Claro, o que é?" Ele disse: "Encha um copo de água e ande em volta da igreja duas vezes e não deixe a água cair do copo". Ela disse: "Sim, posso fazer isso!" Ela foi e pegou um copo de água e caminhou pela igreja duas vezes. Ela voltou e disse com orgulho: "Pronto, terminei". O bispo perguntou-lhe: "Você viu alguém no telefone?" Você viu alguém fofocando ou tagarelando? "Alguém estava errado?" Você viu alguém dormindo? " Ela disse: "Eu não vi nada porque estava tão concentrada nesse copo, para que a água não caisse". Ele disse a ela: "Quando você vier à igreja, você pode tambem apenas se concentrar no Salvador, para que você também não caia. É por isso que Jesus disse: "Venha a Mim e me siga." Ele não nos disse para seguirmos os membros da Igreja, mas Ele". Não permita que seu relacionamento com Deus seja determinado pela forma como os outros se relacionam com Deus. Seu comportamento pode ser determinado por quão concentrado você está em Cristo. E lembre-se: Não julgue alguém só porque ele peca diferente de você!"

Dias atrás, alguém me perguntou, “Se devermos focar apenas em Cristo, então por que ir à Igreja?” Lembrei-me de alguns amigos que se entitulam “espirituais, mas não religiosos” e me recordo de algumas vezes que eles até tiveram sucesso em viverem sozinhos com suas crenças sem ir a igreja alguma, mas na hora dos problemas não tiveram força suficiente. Há até pesquisas sobre mais e mais pessoas entitulando-se espirituais mas sem religião definida. Por experiência própria, cheguei à conclusão que tentar ser independente espiritualmente não é ser espiritual à maneira de Deus.

Fico imaginando como nosso Pai Celestial se sente quando muitos de Seus filhos abraçam mais e mais esta opção. Até porque, os muitos que conheço que tentam viver desta forma, acabam abraçando qualquer coisa que lhes traga espiritualidade, não somente a espiritualidade definida por Deus.

Jesus Cristo foi claro, embora alguns não entendam assim, quando disse:

“Porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que o encontrem.” (Mateus. 7:14)

Néfi também explicou como viver o puro Evangelho:

“E agora, meus amados irmãos, eis que este é o caminho; e não há qualquer outro caminho ou nome debaixo do céu pelo qual o homem possa ser salvo no reino de Deus. E agora, eis que esta é a doutrina de Cristo e a única e verdadeira doutrina do Pai e do Filho e do Espírito Santo, que são um Deus, sem fim. Amém.” (2 Néfi 31:21)

Presidente Thomas S. Monson exemplificou durante toda sua vida, especialmente quando disse:

“Do fundo de minha alma, e com toda humildade, testifico da grande dádiva que é o plano de nosso Pai para nós. É o único caminho perfeito para a paz e para a felicidade tanto aqui quanto no mundo vindouro.”

Seria muito fácil abraçar uma causa espiritual estilo “Faça você mesmo”, e talvez este é um sentimento – ou uma tentação – que pensamos, principalmente quando as muitas decepções com as pessoas acontecem. O problema é que simplesmente não funciona.

Primeiro, porque sou dependente do Pai Celestial. Ele tem um plano para cada um de nós, e eu ajudei a decidir que seria assim no Conselho que ocorreu nos Céus. Eu estava lá. Ele propôs que assim fosse, e eu votei a favor.

Segundo, sou completamente dependente de Jesus Cristo. Ele é o único que podia fazer as coisas acontecerem, devido a Sua perfeição, e porque Ele escolheu viver e morrer por todos os outros filhos do Pai. Sua Expiação é a única coisa que pode providenciar total e real espiritualidade em nossas vidas, limpando-nos de todo pecado e dúvida.

Terceiro, sou sim dependente do Espírito Santo. Afinal, tenho um testemunho de tudo isso com a ajuda Dele. Ele é o único que pode nos dar confirmações espirituais do Pai e do Filho, e o conhecimento que podemos sim viver essa espiritualidade em paz que tanto desejamos em nossas vidas. Ele é nosso guia, inspiração, força e conforto. É ele que purifica a nossa alma.

Eu preciso da Igreja de Jesus Cristo. Jesus Cristo a estabeleceu quando esteve na terra, e a restaurou quando tudo parecia perdido. É este Evangelho que me traz as ordenanças e os convênios, as chaves de Seu Sacerdócio, e tudo o que Ele ensinou pessoalmente aos Seus discípulos, e me dá condições de retornar a presença de nosso Pai, conforme eu escolhi enquanto ainda estava com Ele.

Eu também sou extremamente dependente das pessoas para ter espiritualidade real. Quando eu mesma assumi isso, cheguei a rir. Sim, preciso daquelas pessoas que não me dão a mínima, muitas nem sabem – ou querem saber – que eu existo, ou algumas que sabem que eu aqui estou e pisam em mim, machucam e me trazem tanta tristeza. Eu preciso delas porque jamais cresceria e aprenderia por mim mesma sem a sua ajuda. Cada frustração, decepção, tristeza forma a pessoa que sou, traz-me para mais perto do Senhor, cria em mim a necessidade de me aperfeiçoar e ter mais paciência, humildade e foco. Foco no que Jesus Cristo nos ensinou:

“E Jesus disse-lhe: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.

Este é o primeiro e grande mandamento.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

(Mateus 22:37-40)

Eu não estaria cumprindo a lei se colocar meu próximo de lado e focar somente em meu Deus. O segundo grande mandamento requer que amemos nosso próximo, seja ele quem for, assim como nós mesmos, após amarmos o nosso Deus com tudo o que temos.

Já cheguei a pensar que minha família é eu, meu marido e meu filho. Mesmo com as imperfeições deles, eu os amo, e melhoro a mim mesma conforme nossa vida avança. Mesmo nossos familiares podem nos causar tristeza e decepções às vezes, afinal, somos todos imperfeitos tentando melhorar. Mas, ao mesmo tempo, se somos todos irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai Celestial, e Ele é só um, e através de Seu Filho Jesus Cristo, nos ensinou que TODA A LEI dos céus depende de aprendermos a amar a Ele e ao nosso próximo como a nós mesmos, eu preciso das pessoas, não só de meus familiares, mas de todas as pessoas que existem, membros e não membros da Igreja, de todas as raças, cores e histórias de vida.

Jamais chegarei ao nível de obediência requerida por meu Pai se escolher obedecer e cumprir um mandamento e não o outro. Afinal, tudo o que Ele fez revela que precisamos servir os outros. A Natureza testifica disso. O sol brilha para todos, os rios recebem sua água e enviam-na a outros, as árvores produzem seus frutos para outros se alimentarem, as flores emitem seu perfume a outros. Viver para servir é uma lei da Natureza, a lei maior dos céus. Servindo, descobrimos que a vida é boa quando estamos felizes, mas é ainda melhor quando alguém está feliz por causa de nós.

Então, como posso fazer isso?

“Agora, sendo que desejais entrar no rebanho de Deus e ser chamados seu povo; e sendo que estais dispostos a carregar os fardos uns dos outros, para que fiquem leves;

Sim, e estais dispostos a chorar com os que choram; sim, e consolar os que necessitam de consolo e servir de testemunhas de Deus em todos os momentos e em todas as coisas e em todos os lugares em que vos encontreis, mesmo até a morte; para que sejais redimidos por Deus e contados com os da primeira ressurreição, para que tenhais a vida eterna.”

(Mosias 18:8-9)

Não somente porque estes foram convênios que fiz por ocasião do meu batismo, mas porque esta foi minha escolha para que pudesse vir a esta Terra e aprender o que necessito para ser como Ele e voltar ao meu Pai muito melhor do que quando O deixei.

Ele me conhece melhor do que eu mesma. Ele me ama. Ele me quer ao Seu lado. Ele sabe o que preciso e coloca situações e pessoas em minha vida para que eu aprenda o que preciso aprender, e assim alcançar todo o meu potencial.

Conforme entendo a vida, sei exatamente quando e como consigo me aproximar mais de Cristo e viver minha espiritualidade completamente em paz. Todos sabemos. É quando estamos em paz com Deus e com aqueles ao nosso redor que conseguimos. Com certeza não iremos agradar a todos, pois cada um está num nível diferente de entendimento da vida, mas podemos ser gentis e amar a todos como Cristo nos ensinou. E assim, o Plano de Deus para mim – e para cada um de nós – o Plano de Felicidade eterna pode seguir avante em nossas vidas.

Com certeza focarei em Cristo, não deixando que eu mesma caia, e ajudarei as pessoas a chegarem lá. Se elas me decepcionarem, sou eu que preciso aprender mais paciência e perdão. Abster-me-ei de julgá-las. Afinal, Ele é a verdade, o caminho e a vida, a Igreja Dele nos proporciona conhecimento, convênios, oportunidades de crescer e nos aperfeiçoar, e todos aqueles que temos contato durante os curtos anos de nossas vidas nos ajudarão a entender o que precisamos aprender para sermos melhores do que somos.

E este, sem dúvidas, é o único caminho perfeito para voltar ao Pai.

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