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Experiência, Conhecimento e a Verdade



A experiência atesta o conhecimento, ou seja, a experiência como a vivência de conhecimentos adquiridos durante anos de trabalho numa área, por exemplo.

Conseguir um diploma numa Universidade é o conhecimento adquirido após anos de estudo. Aplicar este conhecimento na vida profissional é a experiência.

Ler as escrituras é adquirir conhecimento. Se não decidirmos aplicá-lo em nosso dia a dia, compartilhando sua verdade e ensinamentos com outros, é negar receber experiência sobre esse conhecimento adquirido, pois experiência nos leva a experimentar, tentar, ensaiar, praticar, exercitar, pôr à prova.

A experiência também pode vir antes do conhecimento, como cientistas que provam uma série de vezes um determinado princípio para chegarem a uma conclusão e estabelecer uma descoberta.

Muitas pessoas, por exemplo, por terem tido muitas experiências frustradas na vida em relação à espiritualidade, quando encontram o Evangelho Verdadeiro se deleitam em sua descoberta. Somos muito mais frutos de nossas experiências que de nosso conhecimento, pois nem sempre somos fortes o suficiente para aplicarmos uma teoria na prática da forma exata como deveríamos.

O Conhecimento aplicado como Experiência

Aquele que consegue balancear conhecimento e experiência e fazer com que esta esteja em sintonia com aquele, e ser leal aos princípios que ele traz, poderá experenciar em sua forma total os princípios adquiridos e colher muito mais frutos de suas vivências.

Aplicar o conhecimento é obter experiências mais previsivas portanto. Se temos o conhecimento de algo mas não o colocamos em prática, ou decidimos que obteremos experiência sobre aquele princípio de uma forma diferente, nem sempre poderemos prever quais tipos de resultados teremos.

Podemos aprender tanto com o conhecimento ou a experiência, mas muito mais com a experiência, e acabamos provando muitas vezes que o conhecimento pode ter diversos tipos de aplicação.

Quando temos uma receita de bolo (conhecimento), se seguirmos os passos corretamente, resultaremos com um bolo exatamente da forma como deve ser (experiência). Conforme o tempo passa, queremos enfeitar um pouco mais e obter alguns resultados diferentes, e acrescentamos mais coisas na receita, e obtemos um bolo mais requintado.

Ou seja, conforme envelhecemos aprendemos mais e mais. Nosso conhecimento pode resultar em experiências quando somos jovens, e à medida que os anos passam, o mesmo conhecimento traz ainda mais experiências diferentes, baseadas nos mesmos princípios, e de forma mais rica, e temos o privilégio de tornarmo-nos cada vez mais sábios, pois sabemos como a verdade abraça uma série de fatos e sentimentos.

Ou seja, se vivemos uma vida digna aplicando princípios do conhecimento que adquirimos, um dia olharemos pra trás e veremos nosso bom trabalho feito. Por isso, a responsabilidade que nos cabe quando conhecemos algo. Ninguém pode ser salvo em ignorância, mas ninguém tão somente pode ser salvo somente com o conhecimento. Por isso, as escrituras nos dizem que aqueles que adquirem um pouco de conhecimento muitas vezes se sentem superiores a outros, erroneamente. Somente quando aplicamos o conhecimento que adquirimos e o colocamos em prática, aprendemos realmente sua validade, e sabiamente tornamo-nos cada vez mais humildes ao entendermos as verdades que ensinam.

A Experiência que traz o Conhecimento

O conhecimento que as experiências de vida nos ajuda a adquirir também podem ser tristes. Em alguns casos, alguns até chegam a pensar que a ignorância ainda é preferível. Muitos negam o conhecimento de algo por não querer mudar suas vidas, achando que estão bem da forma que estão. Sabemos que quando conhecemos algo, somos responsáveis então por colocar aquele princípio em prática.

A adversidade (experiência) por exemplo, é, sem dúvida, um grande mestre, mas, sem entendimento de seus propósitos, faz pagar caro as suas lições e muitas vezes sente-se que, o proveito que delas se tira, não vale o preço que custaram. Aliás, as oportunidades de nos servirmos desse saber tardio, muitas vezes se vão antes de o termos adquirido.

A experiência instrui sempre, e alguns pensam que não é útil senão durante o espaço de tempo que a temos à nossa frente. Por exemplo, seria no momento da morte que se deve aprender como poderíamos ter vivido? Claro que não! Mas isso infelizmente é o que acontece com a maioria das pessoas. Conhecimento não vale nada se tão tarde o aplicamos, ou talvez, tão dolorosamente somos obrigados a adquiri-lo.

Para alguém de meia idade por exemplo, os anos ensinam mais coisas que os dias desconhecem e a velhice acaba por ser sinônimo de experiência e conhecimento, de uma forma ou outra.

Princípios fazem a vida mais fácil

Quando os princípios do Evangelho adquiridos (conhecimento) são aplicados na prática, tendemos a colher boas experiências. Se tentamos aprender por nós mesmos, levará muito mais tempo para aprendermos algum princípio como o que temos no Evangelho, com o detalhe que não temos a garantia que o Evangelho dá de que teremos somente bons resultados destas experiências.

Albert Einstein, em seu livro A Experiência do Conhecimento (em Física), refletiu que em torno do método e da orientação do desenvolvimento do real, da ética ou da religião, a conclusão é que quanto mais aplicamos por experiência esse conhecimento em relação a esses temas que adquirimos, mais bons resultados (frutos) colheremos e, medindo nosso conhecimento, é quando chegaremos a bons e grandes resultados.

Se aplicarmos esta forma de entendimento quanto às ações do dia a dia, vemos que, quando envelhecermos, não sentiremos que todo nosso conhecimento e experiência adquiridos pela vida foram inúteis, justamente porque medimos nossos resultados, e demos bons frutos.

Adão e Eva receberam o conhecimento da Verdade, mas quando a serpente lhes ofereceu a experiência do fruto da árvore do conhecimento com a promessa de prazer instantâneo, concluíram que deixariam de lado um conhecimento menor por um maior. Embora o conhecimento que o fruto da árvore oferecia parecesse mais abrangente que o conhecimento que haviam recebido do Pai, aprenderam rapidamente que, agora precisariam ser responsáveis pela escolha que haviam tomado. E que somente através de colocarem em prática o conhecimento primeiro, do Pai, é que realmente encontrariam todas as bênçãos prometidas que a serpente não poderia lhes dar.

O mundo lá fora nos oferece um leque abrangente de experiências com resultados instantâneos, mas a verdade dos sentimentos que temos através dessas experiências não duram muito. A partir dessas experiências, sentimos como se precisamos mais e mais de excitação e prazer instantâneo para que nos sintamos completos, e quando a manhã vem provavelmente esse sentimento nunca chegará, o que nos leva a um estado de constante insatisfação.

Mais cedo ou mais tarde iremos parar e pensar que a validade da experiência e do conhecimento em nossa vida serve para nos convencermos de que, mais uma vez, estamos aprendendo que sabedoria é processual, devendo ser valorizada mesmo quando não acreditamos que nada podemos da vida levar. Podemos sim levar todo princípio de inteligência que adquirmos nesta vida, conforme bem ensina o Evangelho, e assim entendemos melhor que não estamos aqui para projetos de vida a longo prazo se não vivermos a cada dia os princípios (conhecimento) que somos ensinados, errando e aprendendo a colher o melhor das situações pelas quais estamos submetidos, aplicando nosso conhecimento e direcionando nossas experiências de acordo com boas escolhas.

Se nos desviamos do caminho, e nos entregamos às experiências várias que a vida nos traz, sem foco ou plano de progresso, nunca chegaremos a lugar nenhum, e seremos apenas produtos dos ventos de filosofia dos homens.

Planejando o Caminho a seguir

É importante que tenhamos todo tipo de experiências, principalmente as que envolvem a necessidade de ser mais responsável, seja financeiramente, no lar, como pais ou filhos, como cônjuges e pais e mães de família, nas relações com as pessoas, antes e depois do casamento, antes e depois dos filhos. Muitas pessoas deixam que a vida as leve de um lado para outro e vão vivendo de acordo às oportunidades que a vida lança sobre elas.

Os princípios do Evangelho nos trazem a segurança de uma vida mais constante e apresenta o contrário disso. Quando sabemos quem somos e para onde queremos ir, e quais metas temos como pessoas, casais e famílias, planejaremos adquirir conhecimento necessário para desenvolver da melhor forma um trabalho rentável, prepararemo-nos para um casamento na Casa do Senhor, planejaremos uma família de acordo com a vontade Dele, teremos mais chances de estarmos preparados para as situações inesperadas que a mortalidade nos trouxer, como doenças, acidentes, mortes e outros percalços que nos ajudam a amadurecer nosso espírito.

É tão fácil sermos distraídos de nosso foco e metas de vida. A mortalidade não é fácil. Mas se nos mantermos perto do Senhor, lembrando-nos Dele como prometemos por ocasião de nossos batismos, e lembrando-nos dos compromissos que assumimos com Ele quando escolhemos fazer convênios importantes que definirão nossa eternidade e nos ajudarão e viver o melhor possível até lá, ser independente e autossuficiente tanto profissionalmente, psicologicamente ou mesmo espiritualmente, e voltar ao caminho reto e estreito sempre, garantirá o sucesso de um casamento e uma vida com mais alegrias do que dificuldades.

E, conforme aprendemos mais e mais com as experiências que temos decorrente do conhecimento que adquirimos, poderemos concluir que o conhecimento que o Senhor nos presenteia é tão mais satisfatório que o conhecimento do mundo, e chegaremos à certeza do testemunho da Verdade.

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